Thursday, May 3, 2007

Mercado Ignorante: as lojas NÃO Especialistas - Parte 1

No seio de um mercado sempre em crescimento, aumentam também o número de estabelecimentos dedicados à compra e venda de Videojogos. Se há uns anos a venda dos mesmos era encarregue aos supermercados e aos clubes de vídeo, hoje em dia as lojas que vendem jogos abundam por toda a parte. GAME, Gamestation, Gamestop, Replay Zone, e as demais lojas que agora invadem o mercado português são, também, dos PIORES locais para se efectuar compras de jogos, exceptando certas e determinadas promoções. O serviço, produtos, atendimento e demais aspectos são comuns em todas as lojas. Praticamente não existem diferenças significativas, pelo que a avaliação e caracterização que faço destas lojas não irá incidir em particularidades de cada uma.

É preciso realçar que hoje em dia algumas situações que são aqui retratadas não ocorrem com a mesma frequência. Isto acontecia quando o mercado português de videojogos tinha mais lojas ao seu dispor, na altura em que inicialmente criei este blog. Certos comportamentos têm sido cada vez mais eliminados pelas lojas actuais. O mercado online tem vindo a substituir cada vez mais as lojas físicas.

1. Atendimento ao cliente
Médio, podendo por vezes ser bastante bom e outras vezes mau. Há empregados mal educados, que ocultam factos, ou que iludem o comprador com informação incorrecta ou inadequada seja pela sua intenção ou porque simplesmente desconhecem outros factos. Já assisti e passei por diversas situações.

2. Preços
Atenção a determinados artigos que se vendem nesta loja, sobretudo artigos recém-lançados! Isto porque há preços que, de facto se encontram ligeiramente inflaccionados face ao verdadeiro valor. No geral, os jogos são caros, mas o preço tende geralmente a ser igual em todos os lados, pois cada jogo tem um preço d evenda ao público recomendado. Mas nem todas as lojas respeitam estes valores, sobretudo se se tratarem de edições especiaisl Estas lojas não oferecem mais vantagens para compra de jogos que qualquer outro local, com a reduzida excepção do sistema de pontos que a maioria oferece, através da aquisição de um cartão que acumula contas por cada montande despendido na loja. Os pontos traduzem-se posteriormente em descontos na compra de novos artigos. Cada vez mais existem promoções, mas ainda há um descuido muito grande ao vendere-se artigos antigos a preços exagerados ou jogos usados mais caros do que os novos, usando argumentos supérfluos para justificar este facto, como por exemplo o código de barras ter um código diferente que o sistema interpreta com valores diferentes. É necessário perceber o lado de quem está na loja, mas é da responsabilidade da loja pretsar um bom serviço e evitar estas incongruências nos preços e pouco é feito nesse sentido. Não se pode ou não se deve explicar ao consumidor final os problemas da loja para justificar as diferenças de preços quando um jogo usado custa mais do que um novo.

3. Promoções
Algumas promoções valem a pena, mas é preciso ter atenção a alguns factores. Em primeiro lugar, nem todos os artigos que se dizem "em promoção" de facto o estão. Estas lojas parecem tirar proveito muitas vezes das descidas globais de preços, publicitando como se tratassem de promoções específicas quando no entanto o mesmo preço existe em todo o lado e por vezes mais barato noutras lojas. Convém ainda prestar atenção ao tipo de promoções. Muitos jogos que são vendidos mais baratos provêm de espanha, e como tal a caixa, manual e por vezes o jogo (sobretudo de Playstation 2) podem estar exclusivamente em espanhol. Por último há promoções de cêntimos, onde um jogo que custa por exemplo €29.99 passa a custar €29.89. São situações absurdas e propositadas que constituem quase uma ofensa ao cliente...

4. Jogos usados e oportunidades
A maioria destas lojas dispõe de serviços de retoma de jogos a troco de dinheiro ou de um artigo novo. Uma exigência que fazem, além da obrigatoriedade do jogo ter o selo do IGAC, é o jogo constar da base de dados da loja. As lojas conseguem vender os jogos usados por vezes mais caros que eles custam novos na mesma loja, por isso convém SEMPRE pesquisar pela diferença de preços entre o novo e o usado. As oportunidades de troca são sempre a favor da loja, e só devem ser aproveitadas quando não há mesmo interesse nenhum no que se entrega em troca do desconto, visto que de facto, não compensa. Os preços que pagam pelos jogos usados podem ser baixos ou bastante bons, mas vendem-nos a preços geralmente muito caros. A sua compra só compensa em artigos incomuns ou recém-lançados quando o seu estado de conservação e a diferença face ao preço de lançamento assim o justificam. Por exemplo, se o nosso objectivo for adquirir um artigo lançado à muito pouco tempo e exista um exemplar usado em estado muito semelhante ao novo, compensará certamente adquirir o artigo usado e poupar alguns euros. Mas no entanto, com o passar do tempo, surgem as descidas de preço e as promoções dos artigos novos e as lojas não actualizam o valor dos artigos usados.

5. Condições dos artigos
De facto é aqui que as lojas falham brutalmente. A maioria expõe a caixa original, já aberta, sem os conteúdos, à mão de qualquer pessoa e remove os discos para colocação em plásticos juntamente com o manual, armazenados em género de arquivo numa gaveta ou armazém. Enquanto têm cópias seladas, vendem as mesmas aos clientes. Quando acabam as cópias seladas vendem o artigo da caxa em exposição. O CD vem geralmente manipulado, alguns apresentam (ou podem apresentar) riscos ou dedadas, as caixas apresentam por vezes aspecto de manuseamento... por outras palavras, estão a adquirir um artigo que não é novo, e nem oferece garantia se já foi jogado ou devolvido de outro comprador, ao mesmo preço que comprariam noutra loja ainda selado.

Mais grave ainda é quando manuseiam as edições especiais e os artigos mais caros como se fosse lixo, como se a embalagem exterior não interessasse a ninguém. Preenchem-nas com etiquetas de preços, autocolantes, alarmes, fitas protectoras para evitar os furtos que danificam e deixam marcas na embalagem exterior e nºao se preocupam minimamente com o estaod dos artigos que estão a vender. É de uma terrível falta de sensibilidade e uma falta de respeito para os consumidores que pretendem adquirir um exemplar para efeitos de colecção. A explicação dada é sempre a mesma: não podem fazer nada, tem de ser assim. Acho impressionante que, com a evolução tecnológica que temos, que até a Marte nos permite ir, utilizem argumentos supérfluos para tentar justificar que não é possível conservar em loja um artigo de coleccionador...

6. Importação
Outro grave problema destas lojas, que foi brutalmente acentuado com as consolas portáteis e a recente liberalização do software (deixando de haver códigos de região) é a venda de versões americanas e mesmo chinesas ou japonesas cmo se de europeias se tratassem. Embora a maioria dos jogos sejam iguais, os jogos que importação são mais baratos no geral mas o consumidor acaba por pagar o mesmo por eles. Existem ainda determinados jogos que podem ser jogados através da internet, mas têm a região online bloqueada, que depende logicamente da região a que pertence o jogo. Quer isto dizer que se comprarem por acaso um jogo de versão Americana numa dessas lojas, podem não conseguir jogar com pessoas da europa ou de Portugal porque o jogo está preparado para só poder jogar com pessoas que tenham a versão Americana.
Como se isso não bastasse, a nova tendência é para ocultar a regão do jogo através de autocolantes publicitários sobre a caixa. A região de um jogo pode ser vista de duas formas: através da classificação da idade na capa do jogo ou do código de lombada. O autocolante costuma ocultar o sinal mais evidente da versão americana, asiática ou japonesa, tapando a classificação das idades. Passo a explicar com mais detalhe em breve.

Já passaram alguns anos desde que escrevi este ponto e posso confirmar que a tendência para a importação de jogos de outras regiões tem diminuido ao ponto de já praticamente não existir. A importação seria uma coisa muito boa se os títulos que chegassem a Portugal fossem exclusivos e estivessem claramente diferenciados dos artigos que não são de importação.

O Selo do IGAC nestes campos não serve para garantir que estão a adquirir um produto destinado pelo fabricante ao mercado português, já que os próprios artigos de importação também estão sujeitos à suia existência.

7. Conclusões
-Os preços não são melhores que nas outras lojas
-A condições dos artigos são piores que noutro tipo de lojas pelo facto de abrirem os jogos para colocarem na prateleira;
-Promoções duvidosas e enganadoras, salvo excepções;
-Preços de usados muito elevados;
-São pessoas mais formadas no assunto, mas no entanto podem e iludem os compradores em variadas situações

Resolver riscos e falhas de leitura em CDs

Quando um CD está riscado ou quando a superfície apresenta sujidade ou outro tipo de danos, existe sempre o frequente risco das mesmas começarem a criar problemas na leitura dos discos, podendo os mesmos deixar até de funcionar.

Nas situações em que o disco não funciona ou a determinada altura bloqueia ou dá erro, e partindo do presusposto que o sistema funciona correctamente, existe sempre a possibilidade de recuperar o disco para que o mesmo volte a funcionar. No entanto, para tal acontecer, é imprescindível que a camada de dados do disco não tenha sido danificada! Caso isso aconteça, não há tecnologia acessível neste momento que permita o restauro do disco. Por vezes não é totalmente possível perceber se isso acontece ou não sem primeiro recorrer às formas de reparar os discos que existem actualmente.

A primeira coisa a fazer numa situação destas é limpar o disco. Nem todos os problemas são causados pelo mau estado de um disco. Pode simplesmente haver gordura dos dedos, pó e outros resíduos a evitar a correcta leitura do disco. Por isso a primeira coisa a fazer é sempre limpar os discos. Se depois de limpo o problema persistir, então nesse caso deve-se avançar para um polimento do CD.

O polimento do CD é efectuado com recurso a máquinas adequadas, preferencialmente profissionais e destinadas ao efeito. Infelizmente hoje em dia é bastante inacessivel encontrar um local que preste este tipo de serviços. Os videoclubes estão praticamente extintos e os que existem nem todos têm acesso a uma máquina destas. As poucas lojas que prestavam este tipo de serviços já deixaram de o fazer.

Para além das máquinas profissionais, existem alternativas caseiras de custos mais reduzidos. Existem empresas que vendem máquinas de polimento caseiras, algumas das quais manuais, a preços diversificados. No entanto, por falta de experiência pessoal sobre o seu funcionamento, não posso recomendar a sua utilização.

Espero brevemente poder actualizar esta mensagem com informações mais detalhadas sobre onde e como ter acesso a uma máquina de polimento de CDs. Infelizmente já passraam vários anos desde que tive o acesso a estas informações e muita coisa mudou...

Importação e compras nacionais - CTT

Ao contrário da Alfândega, os CTT até fazem um trabalho minimamente decente. No entanto, também existem grandes falhas. As principais sendo:

1 - A recepção de mercadoria não registada.
2 – A falta de responsabilidade dos carteiros
3 – A incapacidade de assumirem falhas ao nível dos funcionários após prejudicarem um “cliente”.

Se por algum motivo chegar a casa uma encomenda registada e não houver ninguém presente para receber a encomenda, será deixado um papel de aviso de encomenda a ser levantada nos próximos dias úteis. Geralmente, são 7 dias úteis para encomendas normais e 3 dias úteis para encomendas expresso. Nestas situações, é necessário o destinatário se apresentar do papel de aviso assinado e do bilhete de identidade, ou alguém que se faça acompanhar dos mesmos documentos e levante a encomenda em nome do destinatário.

Se a encomenda não for registada, correm então o risco do correio vos deixar a encomenda à porta de casa, à chuva se for preciso, correndo o risco de a danificarem ou de ser mesmo roubada. Isto acontece com muita frequência e – atenção – não quero generalizar a situação porque nem todos os carteiros se comportam da mesma maneira, mas existem por aí muitos que são irresponsáveis e ignorantes. Não existe, ainda, uma total responsabilidade por parte dos CTT perante os comportamentos que descrevi. Cada vez que uma encomenda vier danificada por culpa dos serviços de distribuição, aconselho vivamente a reclamarem. Enquanto não houverem reclamações suficientes, os serviços continuam a funcionar da mesma.
O registo torna o envio da encomenda mais caro, mas qualquer dia não existirá outra solução para assegurar o bom desempenho dos CTT.

Convém no entanto referir que os regulamentos internos de funcionamento dos CTT, que não se sobrepõe à lei em vigor, desrespeita os segundos à descarada. O bilhete de identidade é um documento único e intransmissível, não devendo ser passado a ninguém, mas os srs. dos CTT exigem claramente a apresentação do documento original e ainda o somos obrigados a entregar ao funcionário do posto para conferir os dados. A situação é mais crítica quando não aceitam comprovativos oficiais, por exemplo, quando precisamos de renovar o BI que já está caducado, nem fotocópias ou reproduções do documento. Os correios funcionam em pleno horário de trabalho e nem todas as pessoas têm disponibilidade de lá ir. No entanto, o cidadão vê-se obrigado a entregar o seu BI a um familiar se quiser que o mesmo faça o levantamento de uma encomenda em seu nome. Isso implica que, em situações diversas, a pessoa tenha de andar sem o BI para apresentar caso seja deparada com alguma situação legal (a título de exemplo, as operações de stop), visto que a lei obriga o portador dos docmentos a andarem sempre com eles.

Importação – Serviços privados de distribuição: taxação absurda

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Importação – A Aalfândega e o Terror - Parte 5 – Legislação

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Importação – A alfândega e o Terror - Parte 4 – Taxas

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Importação - A Alfândega e o Terror - Parte 3 – Câmaras de tortura de encomendas

O que realmente incomoda na atitude da alfândega é a maneira como manipulam as encomendas. Todas as encomendas que ficam cativas para cobrança de imposto são sujeitas a verificação aduaneira (muito gostam as entidades responsáveis utilizar definições pomposas…), ou seja, ficam sujeitas a serem abertas para investigarem os conteúdos. O que é que acontece, então?

A encomenda é aberta na presença de um elemento dos CTT e da Alfândega

Se por acaso os funcionários utilizarem de forma inadequada o X-acto para cortar a embalagem e fizerem um golpe na caixa ou no DVD ou onde for, não é apresentada nenhuma justificação e o produto é novamente selado como se nada tivesse acontecido. As provas de que um produto foi investigado pela alfândega é a fita-cola utilizada para voltar a selar o produto: uma fita-cola branca, com o símbolo dos CTT e escrito “Verificação Aduaneira”.

Se, ao receberem em casa a encomenda, que aparenta ter uma embalagem exterior em perfeito estado, e a abrirem em casa sem ser na presença de um funcionário de uma estação dos CTT, perdem imediatamente o direito de reclamar caso encontrem algum defeito provocado pela alfândega.

Ao abrirem a embalagem, danificarem o conteúdo e voltarem a selar tudo como deve ser, não terão o direito de reclamar para receber uma indemnização. Isto porque os CTT só assumem a responsabilidade por encomendas cuja embalagem exterior esteja danificada. A culpa será então atribuída ao remetente, por não ter protegido convenientemente o item, entre outros argumentos semelhantes.

Se protestarem no livro de reclamações, será enviada uma resposta para a vossa casa dizendo por palavras elaboradas que não têm direito a nada.

Se por acaso conseguirem comprovar os danos no artigo, nunca vos devolverão o valor total do artigo. Apenas nos casos em que existe um valor declarado é que será analisado o valor do artigo e não há garantias que o reembolso seja num valor idêntico. Serão reembolsados numa quantia percentual devido aos custos que implicam a reclamação e o resolver do problema… Nunca passei pela experiência porque NUNCA me pagaram nada que viesse danificado, mas aconteceu com gente que conheço.

As taxas que são pagas à alfândega, incluindo o IVA, conseguem subir o valor do artigo em percentagens preocupantes. Mas ninguém liga. Além disso, quem tem o trabalho todo são os CTT. Mas quem leva quase tudo é a Alfândega.

A adicionar a todos estes problemas, é preciso ter ainda em conta o tempo que demora uma encomenda a chegar a Portugal e o tempo que a mesma fica retida nos armazéns da alfândega. Muitas vezes, basta pouco mais que uma ou duas semanas para a encomenda chegar a Portugal. Mas a partir do momento que entra na alfândega, estão sujeitos a ter de esperar um mês ou mais até que sejam contactados pelos serviços com a tal carta remetida para casa. Esta situação tem vindo a melhorar com os tempo mas ainda continua a incomodar. Em determinadas situações, quando há greves ou férias, o acumular excessivo de encomendas que vão ser abertas e taxadas faz com que o serviço atrase significativamente. Há relatos que existiam milhares de encomendas por verificar sem que a alfândega tivesse capacidade de resposta a tempo e horas para taxar todas depois de um período de greve, mas ainda assim preferiram não as despachar. Claro que esta é mais uma afirmação típica de ser imediatamente desmentida por qualquer elemento do patronato.

Portugal não é o pior exemplo, nem de longe. Há países onde é impossível comprar encomendas do estrangeiro, e nesses países, se por acaso receberem a encomenda em casa, pouco provável será que a mesma chegue inteira e sem terem roubado o que mais interessa.

Importação - A Alfândega e o Terror - Parte 2 – Localização

A alfândega é um serviço de controlo de mercadorias que se situa em Lisboa, Cabo Ruivo, no edifício dos CTT da Avenida Marechal Gomes da Costa. Neste edifício, localiza-se tanto os CTT como a Alfândega, que são dois serviços distintos. Localiza-se do lado direito para quem desce a avenida no sentido do rio, uns metros antes do cruzamento com a Avenida D. Infante. No canto esquerdo do edifício, encontram uma entrada com acesso a sala de espera. Terão de tirar uma senha para serem recebidos no balcão onde serão entregues os documentos, e posteriormente dirigir-se-ão a outro balcão estilo "guichet", do lado direito, onde será avaliada a mercadoria e efectuado o pagamento.

Antigamente as coisas funcionavam de forma diferente e o serviço era muito irregular. Hoje em dia, melhorou um pouco, embora continue com os tradicionais problemas das demoras nas entregas e na cobrança das encomendas.

Importação - A Alfândega e o Terror - Parte 1 – Informações gerais

Quando encomendarem qualquer coisa proveniente de um país estrangeiro que esteja fora da União Europeia, poderão estar sujeitos a ficar com a encomenda retida na alfândega e terão de pagar as respectivas taxas, que serão pagas quando levantam a encomenda. A alfandega envia geralmente uma carta registada a pedir um comprovativo de pagamento para determinação do valor das taxas. Este papel pode ser remetido de volta para a alfândega juntamente com a factura da compra e a encomenda será enviada à cobrança, ou poderão ir pessoalmente à alfândega para pagar e levantar a encomenda.

As taxas que terão de pagar não são apresentadas no papel que recebem em casa. Aliás, nem sequer existe qualquer tipo de referência que terão de pagar taxas nesse papel. Para quem sabe, isso é óbvio. Mas para quem não sabe, não é assim tão óbvio.

Regra geral, a lei está ao alcance de todos. Nós enquanto cidadãos não podemos argumentar desconhecimento da lei. Sim, tudo muito bonito, nós somos obrigados a saber mas ninguém tem a obrigação de nos ensinar. Por experiência própria, essa afirmação supostamente legal não passa de teoria. Na prática as coisas não funcionam assim. E é o que acontece precisamente nas importações e nas alfândegas. Que já começam a chegar ao ponto de cometer ilegalidades, como obrigar as pessoas a pagar taxas por produtos que não foram comprados, exigindo facturas que nem sequer existem (isto tem justificação de acontecer). Só quando chega a altura de pagar, é que é dado a conhecer as tais taxas. Nem na porcaria do papel são capazes de indicar que tipo de taxas são, percentagens, indicação onde as consultar , etc. NADA! Com tanto espaço naquele papel, não conseguem sequer meter qualquer tipo de referência às taxas? Ridículo.

Autocolantes e coreografia desnecessária

Continuando a conversa do IGAC, há que dar também destaque à distribuição de jogos por parte de entidades como a Ecofilmes ou a Concentra. Que se preocupam imenso em estragar as caixas, colocando autocolantes referentes à tradução e à entidade de distribuição, retirando para isso o celofane original e deixando as caixas sem estarem seladas ou recorrendo às máquinas de calor e plástico ranhoso para as embalar. É muito importante que as pessoas percebam a descrição do jogo em português, agora se o resto do jogo estiver em alemão ou em chinês, isso já não interessa. Mas a descrição, essa tem que estar em português. Mesmo que para isso se ocultem as imagens de apresentação com o autocolante e o pessoal não consiga sequer ver as imagens daquilo que está a comprar…

E, claro, muitas vezes o manual em fotocópia a preto e branco que incluem como tradução relativo ao jogo é muito informativo…: “como ligar a consola” parece ser o assunto em foco de cada jogo… É preciso meterem um manual desses, para quê? Falo, claro, da Electronic Arts Portugal, que ainda se deu ao luxo de encontrar um plástico sem qualidade para selar os jogos com a sigla EA em seu redor. Saudades da Sega Portugal, que fazia o trabalho minimamente como deve ser. Pena os autocolantes nas caixas de cartão da Saturn...

E muito sinceramente, ainda bem que os jogos continuam em Inglês. É que depois de ver certas aberrações na legendagem de filmes, fico preocupado que um dia comecem a traduzir e legendar tudo em português. Desde que comprei o DVD do Final Fantasy VII Advent Children e vi que traduziram o nome do Cloud para “Nuvem”, deu-me vontade de rir e devolver dito filme. Sem comentários. E como esta falha há muitas outras. Gostava de saber quem são as entidades que não têm conhecimento do filme ou jogo que estão a tradzir e que cometem erros destes.

IGAC – Ignorantes Governamentais Anti – Coleccionadores

Uma das coisas mais irritantes quando compro DVDs portugueses são os “famosos” (ironia activada…) selos do IGAC a autenticar a cópia. Sim, os papelinhos que dizem “interdito o aluguer”. Contactei o IGAC no passado, que alega ter contribuído para reduzir a pirataria de Software e Imagem. Por isso, todos os produtos que se vendem em Portugal (incluindo software oferecido nas embalagens de cereais…) têm de levar o selo do IGAC, como comprovativo da autenticidade do produto. Isto trás inconvenientes para coleccionadores e para os consumidores em geral.

Em primeiro lugar, como pode a pirataria reduzir se basta ligar o Emule ou outro programa de Torrent, fazer download dos jogos, gravar em DVD virgem e metê-lo a correr na consola previamente chipada? Ou no próprio leitor de DVDs? Para que raio precisam as caixas desse selo ridículo, em particular os jogos de consola? Os jogos da Playstation 1 e 2 sempre trouxeram um holograma da Sony que confirma a autenticidade do produto. Os jogos da Nintendo têm o Selo de qualidade da Nintendo impresso na capa a confirmar a autenticidade. Só os da Xbox não têm nada, assim como quase tudo o que é DVD normal de filmes. Para que é preciso saber que este DVD é a cópia numero 3706? Em suma, o IGAC está-se literalmente nas tintas, desde que receba o dinheiro da autorização de venda.

Segundo, mas que respeito têm pelos coleccionadores ao colarem um selo das antigas cassetes de vídeo directamente sobre as caixas especiais, de cartão? Um selo que é quase impossível de remover e que praticamente estraga uma edição dessas? E que por vezes é mal colocado, ao calhas, torto ou direito, no sitio errado, etc.?? Segundo o próprio IGAC, não são eles que colam os selos nos DVDs, são as entidades distribuidoras. E aqui começa outro problema. As entidades, para colocarem o selo do IGAC, começaram a vender jogos e DVDs embalados em plásticos não oficiais. Isto porque a inclusão de manuais e de autocolantes nas traseiras das caixas dos jogos é feita após removerem o plástico original. Porque raios não mantêm o celofane original, colam o selo por cima do mesmo e deixam a caixa do jogo limpa de autocolantes que passados uns anos estão envelhecidos e com mau aspecto? Pergunto-me quantos jogos e DVDs agora e antigamente não viram as suas datas de lançamento atrasadas para nós porque faltava colarem a porcaria do selo??

Nos filmes, traduzidos integralmente para português, o selo do IGAC lá está. Nos jogos, idem. Sim, porque jogar é uma actividade cultural. Portugal deve ter sido o primeiro país a nível mundial a classificar os jogos de consola como a Oitava Arte, já que é uma entidade pública ligada às ACTIVIDADES CULTURAIS que se encarrega da autenticação…

Curiosidade: Portugal é o único país onde encontrei autocolantes deste tipo nos jogos que se encontram normalmente à venda. Excepção para a Itália, que inclui também um holograma adicional, mas de melhor aspecto que o nosso.

Infelizmente, não existe mesmo qualquer tipo de sensibilidade da parte de Ninguém, seja do governo, da distribuição ou do comércio, para prestar atenção a este tipo de coisas. Simplesmente espetam na lei que o selo IGAC é obrigatório, e pronto. Nós é que nos temos de conformar em comprar jogos novos no estado em que a lei, a mesma lei que não percebe RIGOROSAMENTE NADA de coleccionismo de jogos. O selo só serve para assegurar que o jogo está a ser vendido de acordo com a lei burocrática nacional, e agora a história do selo do igac passou a fazer parte da garantia

Proteger as caixas exteriores! Parte 4 – Capas de papel

Este é um problema comum nos DVDs que se vendem no nossos mercado de hoje em dia. Acontece mais neste país que nos outros, ou pelo menos é a conclusão que tiro comparando as importações que fiz às edições que são lançadas cá. Com o intuito de diminuir os custos de produção e diminuir ligeiramente o preço de venda mantendo a margem de lucro, a qualidade das caixas de plástico dos DVDs e o papel da capa é reduzida. Consequentemente, acontecem dois fenómenos: o papel da capa começa a ficar excessivamente enrugado, ou o plástico que o protege ganha deformações. Em ambos os casos, a tendência é para ficarem com ondulações. Farta-se de acontecer em DVDs de edição Portuguesa mas é pouco frequente acontecer em materiais produzidos no estrangeiro e remetidos para cá, como por exemplo caixas de jogos da PS2. A humidade, mesmo reduzida, é o principal factor que provoca o enrugamento das capas. Alguns DVDs encontram-se à venda nas próprias lojas com a capa já enrugada.

Solução para isto? Existe uma solução simples mas que trás um problema depois. Basta retirar a capa de papel do DVD e colocá-la dentro de um livro ou entre duas superfícies planas com peso por cima para a alisar. Funciona muito bem mas tem uma grande desvantagem. Quando tentarem meter a capa novamente na caixa, ela já não vai caber como originalmente. Não existe outra solução eficaz para este problema

Proteger as caixas exteriores! Parte 3 – Caixas em metal

O problema das caixas de metal é o facto da grande maioria enferrujarem com o tempo.

Segundo as informações que pesquisei na internet, os steelbooks originais eram compostos por uma camada que evitava o seu enferrujamento. Os Steelbooks originais são mesmo uma marca registada que responde a determinados padrões de qualidade. No entanto, aquilo que se parece passar é que, no caso de jogos e consolas, muitas das caixas de metal são réplicas de inferior qualidade dos steelbooks que, tendo pior qualidade, tendem inevitavelmente a enferrujar.

Para as proteger, não existe nenhuma forma simples ou fácil: é necessário isolá-las do oxigénio, forrando-as com materiais que evitem o contacto com o ar exterior. As máquinas de plastificação por vácuo dão jeito nestes casos, mas não tenho capacidade de testar a sua eficácia. Existem ainda determinados vernizes que protegem o material contra a oxidação. No entanto, alémde não serem muito fáceis de encontrar eles só aparentam ser eficazes se estivermos a falar de uma caixa de metal nova e não uma que já entrou em processo irreversível de oxidação. Neste último caso, parece não existir qualquer tipo de solução.

A melhor solução para as caixas de metal não enferrujarem ou reduzir DRASTICAMENTE o tempo de oxidação, é simplesmente mantê-las seladas de origem e sem exposição ao ar.

Proteger as caixas exteriores! Parte 2 – Caixas em cartão, Digipak, Madeira

Aqui começam problemas maiores para proteger caixas deste género. Não existem materiais específicos para proteger este tipo de caixas. A humidade pode afectar as caixas, assim como os danos provocados pelo manuseamento. São facilmente vincáveis ou amolgáveis e com o tempo as suas arestas e cantos tendem a desfazer. Existem nos mais diversos tamanhos e feitios.

Para proteger este tipo de caixas, não existe uma solução propriamente eficiente. Se quisermos fazer as coisas da forma mais correcta possível, temos alguns problemas. São necessárias duas camadas de protecção (ou uma única que responda às duas condicionantes): proteger da humidade e proteger dos danos. Para proteger da humidade, é necessário uma camada de papel absorvente. Para proteger dos danos, é necessário uma camada macia e com alguma espessura. Os materiais que recomendo são mesmo papel absorvente como camada inicial e papel de bolha de plástico como camada protectora de danos. O papel de bolhas fica muito mais barato se o adquirirem na própria indústria, mas não consigo dar indicações para o adquirirem assim.

Com o tempo, muitas destas caixas tendem a amarelar ligeiramente e começam a aparecer vestígios de deterioração nos cantos e arestas, assim como alguma ligeira descoloração. São fenómenos naturais que só ocorrem com o passar de vários anos e fazem parte do envelhecimento natural do material, que pode ser mais longo ou mais curto conforme a maneira que as mesmas edições se encontrem protegidas.

A melhor solução é, para todos os casos, manter essas edições seladas.

Quanto à humidade, existe ainda uma solução simples mas que pode não se revelar totalmente eficaz. Se guardarem as caixas de cartão numa gaveta ou num armário fechado, podem recorrer a um material muito simples: sílica gel. Sílica gel são as pequenas saquetas do mesmo material que as indústrias de tecnologia recorrem para proteger material electrónico dentro da sua embalagem de manufactura (quem é que nunca viu, afinal, umas saquetas junto de aparelhos eléctricos que dizem “do not eat”?) Uma saqueta dentro da caixa do aparelho, consola, etc. e outra no exterior, na gaveta ou no armário, tem bons resultados na preservação contra a humidade. Existem vários tipos destas saquetas, mas as que recomendo particularmente são as que têm capacidade de mudar de cor em função do seu grau de saturação. Estas saquetas mudam de cor conforme o nível de absorção. Quando estão saturadas, um momento muito breve no micro-ondas põe-nas reutilizáveis novamente. O problema das silica gel é que saturam a uma velocidade impressionante se o local onde forem colocadas tiver uma dimensão superior à sua capacidade de absorção ou não estiver completamente isolado do contacto com o ar exterior, caso contrário o ar renova-se e em poucas horas as silica gel perdem de imediato a sua capacidade.

Para terminar, utilizar a máquina de selar para proteger as caixas com um plástico envolvente, sem exercer demasiada pressão na caixa mas ao mesmo tempo estar ausente de folgas grandes, é a maneira mais eficaz de proteger a caixa do envelhecimento, principalmente ao nível das arestas.

Para além das soluções referidas na protecção das caixas normais, podem ainda recorrer a outro sistema tão eficiente quanto dispendioso:


Utilizar caixas em acrílico feitas à medida
Esta recente solução é muito dispendiosa. Não é novidade mas praticamente ninguém em Portugal recorre a esta solução. Existem sites que vendem caixas de acrílico feitas à medida para os diferentes formatos recentes e antigos disponíveis no mercado, e até fabricam tamanhos costumisáveis para edições especiais, mas o preço de cada caixa deste tipo é muito elevado, podendo ficar entre os 10-15 e mais de 100 euros, incluíndo o valor dos portes. São a solução perfeita para qualquer coleccionador, mas excessivamente cara. É uma excelente protecção para este ou aquele jogo mais específico/frágil/raro que temos na colecção

Proteger as caixas exteriores! Parte 1 – caixas normais

Com o passar do tempo e o normal manuseamento das caixas dos DVDs, o roçar em várias superfícies e mesmo ao remover das prateleiras, as caixas começam a ficar baças, com aspecto envelhecido. Tratando-se de caixas facilmente substituíveis por outras, que existem à venda ainda novas, o dilema é facilmente resolvido. No entanto, nem todas são facilmente substituíveis devido às suas particularidades. Para o bom cuidado das caixas, é sempre bom recorrer a formas mais “profissionais” de as proteger. Existem duas soluções simples neste caso.

Voltar a selar os CDs
Existem máquinas que plastificam as caixas com um novo plástico, e se utilizam frequentemente no comércio e na indústria para plastificar / selar todo o tipo de materiais. Quando um filme ou um jogo não for visualizado durante muito tempo, podem sempre voltar a selá-lo para o proteger do pó ou da sua movimentação. Uma máquina de selar não fica muito caro e é sempre um investimento para coleccionadores mais sérios a pensar no futuro. Torna-se no entanto uma despesa inconveniente para coleccionadores mais moderados.

Utilizar capas de celofane específicas
O meu método favorito para proteger caixas de DVDs e que, com um pouco de imaginação, pode ser utilizado para proteger outro tipo de caixas como caixas de jogos Megadrive, Playstation, CDs áudio, etc… Embora sejam difíceis de encontrar em Portugal, existem umas capas muito práticas e muito funcionais que se utilizam para proteger caixas de CD ou DVD. São de facto umas capas de celofane de boa qualidade, brilhantes, feitas à medida de uma caixa de DVD normal. Utilizam um sistema de fecho autocolante autoselante que se pode abrir e voltar a selar sempre que se quiser remover a caixa. Por este aspecto é que são muito práticas e recomendo vivamente. Vendem-se em packs de 50, 100 ou 200 por um preço bastante acessível. É um investimento que vale mesmo a pena.

Utilizar caixas em acetato/plástico
Ideal para as caixas de cartão mais frágeis ou até mesmo jogos selados. Podem ser compradas em sites específicos da internet ou serem feitas caseiramente a troco de muito trabalho. Para uma grande colecção são caras e convém saber escolher os acetatos, uma vez que alguns podem (dizem os "entendidos") reacções nas caixas de cartão ao fim de muitos anos e contribuir para desbotar ou perder a cor. Ao preço médio de quase 1 euro cada caixa acrescido de portes, acaba por ser uma solução algo dispendiosa para colecções de maior volume.

Como cuidar de CDs? Parte 3 – Materiais a utilizar

Além de produtos mais tradicionais que usamos em casa, existem muitos produtos específicos no mercado. Depois de experimentar uma parte deles, cheguei à conclusão que muitos não são tão bons quanto isso. Quase todos cumpriram o seu papel e de facto puseram o CD a brilhar. Mas também é verdade que uma boa quantidade deles deixou o “rasto” na superfície do CD, ou seja, os tais insignificantes riscos superficiais. Não recomendo, por isso, que utilizem esses produtos. Aconselho que evitem os panos especiais e as toalhitas húmidas em tecidos ou fibras especiais com produtos à base do álcool. Também não recomendo que utilizem máquinas caseiras de limpeza, como algumas invenções que por aí aparecem de vez em quando. Existem algumas excepções de produtos que se provaram melhores. Um deles (cuja marca não sei de cor) foi um produto de limpeza que vinha num pequeno frasco cuja ponta era uma esponja muito suave, e a limpeza era feita com a ponta da esponja em movimentos radiais. Não sendo necessariamente mais eficiente que os restantes para remover sujidade, este produto provocava menos riscos superficiais que os restantes e foi dos melhores que sem dúvida experimentei.

Mas em que ficamos afinal? A minha recomendação é… se quiserem utilizar materiais caseiros, usem um pano suave (semelhante aos que se limpam os óculos por exemplo), lavado e sem resíduos. Humedeçam ligeiramente o pano com álcool diluído (sem excessos) e limpem em movimentos radiais, conforme descrito nos procedimentos anteriores. Se querem recorrer a produtos de limpeza, procurem nas lojas da especialidade o tal produto que é colocado com a esponja.

A minha técnica frequente é utilizar somente água tépida em quantidades moderadas. Deixo a água escorrer sobre a superfície do CD para eliminar a sujidade. Seguidamente coloco um pano absorvente sobre o CD para absorver a água em excesso e evitar que as partículas de água se acumulem e manchem o CD ao secar. A vantagem desta técnica é que não recorre ao esfregar do CD seja com que material for e assim minimiza significativamente qualquer tipo de riscos gerados pelo contacto da superfície do CD com o respectivo material de limpeza. Não posso recomendar esta técnica porque não sei se a água danifica o CD de alguma maneira, mas posso afirmar que de todas as experiências que fiz foi de longe a que funcionou melhor. Mas como nenhum método é perfeito, este que eu utilizo pode ser menos eficiente quando existe excesso de gordura de dedos no CD e nesse caso a água pode não misturar bem com a gordura. Nessas situações, se a água for mal absorvida pelo papel, a superfície do CD pode ficar com manchas. Pouco há a fazer nestas situações, a não ser recorrer ao produto de limpeza com a esponja, que resolve o problema com bastante eficácia e mantém a superfície do CD muito bem conservada, aproximado ao seu estado novo.

Como cuidar de CDs? Parte 2 – Procedimentos de limpeza

Afinal de contas, como se deve limpar um CD?? Muito sinceramente, qualquer pessoa que saiba manusear devidamente o CD não deveria ter necessidade de o limpar. Só em situações de uso muito frequente ou por acumulação inevitável de pó. Mesmo os materiais mais suaves ou alguns produtos “adequados” que se vendem no mercado à base de álcool conseguem deixar riscos ou pequenas marcas superficiais. Para as conseguirem ver, basta observar o CD com uma luz artificial e observar a superfície em vários ângulos de incidência de luz.

Existem muitas maneiras de limpar um CD de acordo com a informação que se encontra frequentemente na internet. Pessoalmente, por experiência própria, sei que umas são menos eficientes que outras. Não sei dizer qual a cientificamente mais correcta, mas o que me interessa essencialmente é saber qual a melhor de todas para limpar o CD evitando os tradicionais riscos superficiais

Para se limpar um CD correctamente, deve-se utilizar um pano suave e limpar em movimentos radiais precisos (ou seja, em movimentos que acompanham o raio do CD, desde o centro do CD até ao seu limite exterior). Não se deve nunca exercer pressão excessiva. O pano deve estar livre de electricidade estática, sujidade, partículas sólidas, etc.

Como cuidar de CDs? Parte 1 – Erros tradicionais

Ficam aqui alguns princípios de como cuidar de CDs. Toda a gente deveria saber disto, mas a ignorância (gerada por falta de interesse) é grande como é possível constatar. Pior ainda é o desinteresse de muita gente no manipular de CDs e DVDs e para essas pessoas, baste que funcione e “tá-se bem”.

Antes de explicar as formas que acho mais correctas de limpar CDs, aqui ficam alguns erros comuns tanto na limpeza como no manuseamento que devem evitar. O que NÃO se deve fazer:

- Utilizar álcool etílico em excesso para limpar a superfície de leitura
Mancha a superfície do CD e tira o brilho se utilizado em excesso. Não é um material adequando, mas bem utilizado pode ser um método simples de limpeza de CD.

- Esfregar o CD com materiais inadequados e forçar a limpeza nas áreas mais difíceis
Material que largue pelos ou demasiado rígido. Os CDs são demasiado sensíveis e mesmo algodão aplicado com alguma pressão consegue riscar superficialmente o CD.

- Limpar o CD em movimentos radiocêntricos em torno do centro, ou noutros movimentos aleatórios
A gravação dos dados de um CD é feita em forma de espiral, assim como a sua leitura no sistema. Forçar a limpeza no mesmo sentido de leitura pode mais facilmente conduzir a erros de leitura..

- A gordura dos dedos é um grande inimigo. Não tocar na superfície de leitura com os dedos.
Caso contrário terão mesmo de esfregar o CD com um material suave e correr o risco de o riscar superficialmente. A gordura também torna mais complicada a limpeza do CD, já que há determinados produtos, como água e determinados alcóois, que não se misturam bem com a gordura, o que complica a sua limpeza.

Composição de um CD

Um DVD normal é composto por 4 camadas essenciais. A primeira camada, onde são gravados os dados, é composta por uma face de protecção e outra face onde estão gravados os dados

A(1) - Camada de protecção
Em plástico policarbonato, esta camada é a mais espessa do CD. Tem unicamente a função de proteger a superfície onde é gravada a informação. É a camada correspondente à superfície de leitura do CD, vísível quando o viram ao contrário. É nesta camada que ocorrem os riscos superficiais mais frequentes em quase todos os CDs. O laser atravessa esta camada transparente para chegar à seguinte, onde irá recolher a informação que necessita.

A(2) - Camada de alumínio
É nesta camada que são gravadas as informações. O termo inglês frequentemente utilizado é “data”. É essencial que esta camada se encontre intacta, caso contrário o CD não funcionará ou pode conduzir a erros de leitura sem solução possível.

B - Camada reflectante
É a camada que normalmente dá a cor ao CD. Não é transparente como as restantes, nem trespassável pelo laser. Tem como objectivo reflectir o laser para que a informação possa ser enviada correctamente de volta para o sistema, para o receptor.

C - Camada Antioxidante
Camada que tem como função proteger, como o nome indica, da oxidação, um factor que contribui como todos sabem para o a degradação destes tipos de formatos de gravação de dados.

D - É a camada superior e final do DVD. Tem dupla função protectora e estética. É nesta camada que se imprime a arte do CD.
O Laser (E) é emitido perpendicularmente para a superfície do CD. Trespassa a primeira camada de protecção, recolhe os dados e ao embater na camada reflectante regressa ao sistema de leitura, que tem a capacidade de receber e de processar a informação recebida de volta. Esta situação ocorre quando o laser embate numa superfície plana.

Quando existem riscos no CD, o que acontece frequentemente é o laser ser projectado contra a superfície do CD mas como esta já não está regular porque exise um risco ou uma falha, no momento em que o laser embate no risco ele pode ser refractado numa direcção diferente e já não ser capaz de regressar ao sistema de leitura. Como o sistema não recebe os dados de que precisa de volta para os processar, deixa de saber o que deve fazer a seguir, resultando nos habituais bloqueios ou nos erros de leitura. Se a camada de dados estiver afectada ou danificada, o laser mesmo que regresse ao sistema de leitura não transporta a informação necessária que precisa de processar, resultando nos erros já referidos.

Como funciona a leitura de um CD / DVD?

Sem recorrer a termos técnicos (porque não os sei), o laser é enviado através da lente do sistema para o disco. O feixe do laser é seguidamente reflectido e enviado novamente para um receptor do próprio leitor já com a informação de processamento. O leitor encarrega-se depois de processar a informação que recebeu do laser. E o que fazem os riscos exactamente para conduzir a erros de leitura entre outras falhas? Ora se o disco tiver irregularidades, o laser ao ser enviado para o disco pode embater numa dessas irregularidades e ser reflectido para outro lado sem ser o receptor de informação. Se se tratar de informação indispensável que o sistema não consiga recolher, dá imediatamente erro de leitura. Caso contrário, podem somente ocorrer falhas como o som deixar de se ouvir ou saltar uma determinada sequência ou faixa musical, entre outros aspectos.

O problema dos DVDs selados

Não, não é ridículo. Muita gente colecciona artigos que pretende manter selados, ou porque já viu o filme ou porque tem consciência da diferença de valor de um artigo aberto para um artigo selado. Em Portugal, isto é quase impossível. Os celofanes oficiais são quase sempre removidos para colocação de instruções ou panfletos em português, ou autocolantes com traduções ou informações sobre o distribuidor, assim como o selo do IGAC. Os jogos de consola são frequentemente vítimas de tal atitude, já que a grande maioria vem selada em plásticos através das máquinas de calor devido ao seu celofane oficial (que é muito mais apresentável, de maior qualidade e com a fita de autenticação) ser removido. Os jogos da Nintendo vêm quase todos sem o celofane oficial. Os jogos de Gameboy Advance e anteriores ao mesmo vêm quase sempre sem qualquer tipo de protecção. Os jogos de WII e Gamecube, na sua maioria, vêm apenas com um autocolante da Nintendo a selar o fecho da caixa em vez do celofane oficial com a barra da Nintendo. Os jogos de Playstation (qualquer uma) vêm quase sempre sem o celofane oficial que deveria ter uma barra em torno do jogo.

Aparte disto, há que mencionar as atitudes de algumas lojas grandes e de renome que ainda se dão ao luxo de meter à venda artigos que já tinham sido abertos ou utilizados e vende-los pelo preço original. Alguns desses artigos são provenientes de devoluções dos clientes. São situações pouco frequentes mas acontecem e o comprador paga o mesmo sem ter qualquer aviso.

O problema dos riscos superficiais

O maior problema dos coleccionadores que gostam preservar os CDs a 100% é conseguir o material sem riscos superficiais. Às vezes o grande dilema reside em conseguir adquirir certos jogos ou filmes que pelo grau de raridade só se encontram escassamente em segunda mão. E das poucas vezes que os vemos à frente, reparamos que o seu estado é infeliz para o standard da nossa colecção. É muito comum acontecer. Apesar de esteticamente incomodativos, poucos riscos superficiais resultantes do manuseamento ou da limpeza do CD trazem qualquer influência na leitura. O problema só se acentua com excesso de riscos superficiais ou riscos mais profundos e demarcados que afectem ou não as camadas onde os dados dos CDs são guardados. Como se já não fosse mau ter de lidar com eles, ainda se torna mais chato quando há uma falha de leitura no CD. E porque é que os riscos podem provocar erros de leitura? É necessário perceber como funciona um CD.

Apresentação

Este blog foi elaborado por mim com o intuito de divulgar e incentivar o coleccionismo de jogos e DVDs e tem o objectivo de informar e explicar alguns aspectos de coleccionismo que considero importantes e que as pessoas menos experientes devem saber. Não sou nenhum perito nem profissional na área (foi a maneira pomposa de dizer que não percebo nada disto) e o que aqui escrevo são só alguns factos que aprendi com a experiência. Irão reparar também que dou mais importância a assuntos relacionados com jogos que DVDs, isto porque tenho preferência por coleccionar os primeiros. Podem comentar e informar, especialmente se forem mais entendidos que eu na matéria, mas poupem o vosso teclado se o objectivo for censurar ou atacar a minha ignorância. Se forem desse estilo, ou do estilo “desde que o cd funcione, que se lixe, tá fixe”, então carreguem Ctrl + W para verem algo de fantástico.

O blog será sempre actualizado, conforme a necessidade de melhorar, actualizar ou corrigir a informação disponível.